Pensei muito em você, pensei que da próxima vez quem precisa vir é você….encontrei por aqui muitas mulheres como você, lindas, poderosas, inteligentes, desenroladas, mas que ainda não haviam conhecido o poder do autocuidado e do autoamor. De todas as vezes que enchi seu saco para que respirasse outros ares que não fossem os ares contaminados do ativismo, nenhuma das minhas falas seriam mais potentes que uma experiência como essa, entender o autocuidado como um ato político de transformação de si e da sociedade.
Sei que aqui asseria um início de uma caminhada de encontro consigo que não se inicia aqui, já que as vozes dos ancestrais que nos acompanham já sopraram através da intuição que você nega ouvir, que você precisa se cuidar e se cuidar não com os métodos dos colonizadores, os fármacos, as visões biomédicas, mas sim transpor e descolonizar o cuidado cuidando do espírito.
Espero que possa, assim como eu gozar dos prazeres e das dores de ser quem se é, sem medo de mergulhar nas águas escuras, como nosso povo que carrega segredos inesgotáveis de resistência e que não tiveram medo de lutar mas dando a benção e a possibilidade de gozar de olhar para o espelho sem medo do que se vê!